quinta-feira, 29 de setembro de 2011


UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB
DCHT – CAMPUS XVI – IRECÊ








                                                                                
IRECÊ
2011

1.    Elaboração de comentários a cerca dos itens abaixo:


      I.        O ensino de Língua Portuguesa tem sido, desde os anos 70, o centro da discussão acerca da necessidade de melhorar a qualidade de ensino no país. O eixo dessa discussão no ensino fundamental centra-se, principalmente, no domínio da leitura e da escrita pelos alunos, responsável pelo fracasso escolar [...].
    II.        O domínio da linguagem, como atividade discursiva e cognitiva, e o domínio da língua, como sistema simbólico utilizado por uma comunidade lingüística, são condições de possibilidade de plena participação social (...) Assim, um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural, atribui à escola a função e a responsabilidade de contribuir para garantir a todos os alunos o acesso aos saberes lingüísticos necessários para o exercício da cidadania [...].
   III.        Considerando os diferentes níveis de conhecimento prévio, cabe à escola promover sua ampliação de forma que, progressivamente, durante os oito anos do ensino fundamental, cada aluno se torne capaz de interpretar diferentes textos que circulam socialmente, de assumir a palavra e, como cidadão, de produzir textos eficazes nas mais variadas situações.[...].
  IV.        [...] é necessário contemplar nas atividades de ensino, a diversidade de textos e gêneros, e não apenas em função de sua relevância social, mas também pelo fato de que textos pertencentes a diferentes gêneros são organizados de diferentes formas.[...].
   V.        A língua [...] está presente em todas as áreas de conhecimento. A tarefa de formar leitores e usuários competentes da escrita não se restringe, portanto, à área de Língua Portuguesa, já que todo professor depende da linguagem para desenvolver os aspectos conceituais de sua disciplina.










2.    Comentários:


              I.        Infelizmente para a maioria dos professores de língua  portuguesa há apenas a preocupação no ensino da gramática normativa, e o que se percebe é que com esse método tradicional os alunos acabam com um déficit na hora de ler e interpretar textos, devido a ausência de interação entre os alunos e os textos, o que repercuti na própria avaliação da escola. Na formação crítica dos alunos, o domínio da leitura, da escrita e da interpretação de textos é fundamental, segundo Antunes a evidencia de que as línguas só existem para promover a interação entre as pessoas nos leva a admitir que somente uma concepção interacionista da linguagem, eminentemente funcional e contextualizada, pode, se formar ampla e legítima, fundamentar um ensino da língua que seja, individual e socialmente produtiva e relevante.

            II.        A linguagem é o principal meio de interação social de cada individual dentro de um determinado meio social, dessa forma o desempenho social de cada um, depende em primeira instância do domínio e da capacidade que o mesmo tenha de se comunicar em distintos âmbitos ou comunidades sociais. E tal domínio dessa linguagem comunicativa, deve ser uma preocupação presente em cada educador, em especial, ao educador de língua portuguesa. Para isso, o professor precisa conhecer bem o seu aluno e a realidade onde o mesmo atua, Como disse Antunes, A língua só se atualiza a serviço da comunicação intersubjetiva, em situações de atuação social e através de práticas discursivas,materializadas em textos orais e escritos. Diante disso, Precisamos pensar na formação de nossos alunos, como a preparação de um cidadão crítico para o mundo, por que esse é o nosso papel, transmitir ao aluno, a qualidade de domínio lingüístico em diversas comunidades, o que vai muito além do domínio da norma culta, cabe aí o respeito e a interação entre as comunidades lingüísticas e as variações entre as mesmas, o que deve partir do próprio professor de línguas.

           III.        Cada aluno adentra no universo escolar com um conhecimento prévio adquirido no seu âmbito social de convivência, saberes e habilidades que cabem ao educador, mediar e adequá-los aos conhecimentos que o aluno deverá adquirir em sala de aula. Incentivando assim a interação e a troca de experiências, para que haja uma aprendizagem eficiente e que se adéqüe a realidade vivida pelo aluno. Ou seja, como disse Hoffmann, onde haja proximidade entre quem educa e quem é educado.

          IV.        Conhecer e compreender os distintos gêneros textuais e suas variações capacita o aluno a um conhecimento prévio importante para o seu engajamento com textos práticos e literários, e o auxilia na própria construção discursiva e comunicativa. Conhecimento esse que é necessário e deve ser levado em consideração no ensino e na formação de todo aluno, que mais tarde será um leitor apto a conhecer e interpretar os diferentes gêneros textuais e suas funções.

                  V.            Capacitar o aluno em relação ao domínio da linguagem em suas variações, é fundamental até mesmo para os desenvolvimentos das atividades que o educador pretende realizar com seus alunos, afinal é através da prática da leitura e da escrita que o professor ensina o seu aluno a compreender, interpretar e ter o domínio comunicativo da  linguagem, afinal a compreensão do mundo vai além do texto escrito. Como está nos PCN o professor de línguas não deve fazer do conhecimento gramatical, o único fundamento de sua autoridade, até porque a língua excede a gramática. Por fim, a educação deve ser utilizada como mecanismo de transformação individual e comunitária, onde haja interação entre professor, aluno, escola e sociedade.
















REFERÊNCIAS



·         ANTUNES, I. Aula de Português - encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.
·         HOFFMANN, J. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré-escola à Universidade. Porto Alegre: Educação e Realidade, 1993.
·         VALENTE, A. (org.) Aulas de Português: Perspectivas inovadoras. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.
·         VASCONCELOS, C. dos S. Planejamento: Projeto de Ensino-aprendizagem e Projeto Político-pedagógico. São Paulo: Libertad, 2002.

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